sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Racismo Infantil

Pesquisando sobre o racismo infantil para o trabalho da interdisciplina seminário integrador VI, encontrei essa entrevista feita pelo site https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2015/10/12/noticias-saude,186939/racismo-na-infancia-e-na-escola-ainda-e-pouco-discutido-mas-criancas.shtml
Apesar de pouco discutido, o racismo na infância e nas escolas existe e precisa ser enfrentado, na opinião de professores e especialistas ouvidos na reportagem. Eles destacam a pouca representação de crianças negras nos meios de comunicação como uma das causas do problema.

Professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) e coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da instituição, Renísia Garcia Filice acredita que o racismo existe dentro das escolas e ocorre de forma cruel, efetiva e naturalizada. Para ela, essa atitude na infância é fruto do que a criança viu ou vivenciou fora do ambiente escolar.
“A criança pode ter vivenciado isso numa postura dos pais, em algum comentário ou até em algo que os professores fizeram ou deixaram de fazer”, diz Renísia. Segundo ela, alguns professores se omitem em situações de racismo pela falta de informação, por naturalizar os casos ou achar que não é um problema. “Por isso, são necessárias práticas pedagógicas para que as crianças se percebam iguais e com iguais direitos”, acrescenta.
Ildete Batista dá aula para crianças de 5 anos em uma escola no Distrito Federal. Ela afirma que as questões raciais aparecem principalmente no momento de disputa e durante as brincadeiras. Professora há mais de 20 anos, Ildete afirma que faltam referências para as crianças. “O que fica como belo é o que se aparece na TV, nos livros – inclusive nos materiais didáticos. A gente vê muitas propagandas, livros de histórias infantis em que os personagens são brancos.”
A professora desenvolve, na escola, um trabalho contra o racismo e para colocar mais referências africanas na educação. Isso, segundo Ildente, vem dando resultados. “No início do ano, uma menina me disse que não gostava do cabelo dela, por ser crespo. Em um desenho, por exemplo, ela se fez loira do olho azul. Agora, no final do ano, ela se desenha uma criança negra com cabelo enrolado. Isso mostra que o trabalho tem que ser feito e, se ele é feito com respeito, a gente consegue vencer esses problemas”, acredita.

Segundo o professor do curso de direito da UnB Johnatan Razen, quando há ofensas entre crianças, no colégio, os pais devem relatar o caso à escola, para a que a instituição promova ações educativas. “Se o caso envolver um professor ou a ofensa vier da instituição – como obrigar uma aluna a alisar o cabelo –, cabe acionar a Justiça”, orienta. Se tiver conhecimento de atitudes racistas dentro do espaço e se omitir, a escola também pode ser responsabilizada penalmente, de acordo com Razen.

Qual é mais legal???


Este vídeo sobre racismo mostra o que estamos fazendo com as crianças através de propagandas, livros, brincadeiras, mostra que a boneca negra é má, feia e quem diz isso são todas crianças negras, nem as crianças conseguem se aceitar, que mundo estamos vivendo, uma bela reflexão para incentivarmos nossos alunos a se aceitarem e se amarem como são.







O que é Epistemologia Genética?

A Epistemologia Genética foi criada pelo biólogo suíço Jean Piaget (1896- 1980). Desde muito jovem, Piaget interessou-se em entender como surge o conhecimento humano e, para responder às suas questões, acabou criando uma das mais ricas teorias psicológicas que explicam a aprendizagem e o desenvolvimento humanos. 
Para a Epistemologia Genética, o conhecimento não vem pronto com a pessoa nem é imposto pelo meio. Essa teoria estuda a gênese das estruturas cognitivas, explicando-a pela construção individual mediante a interação radical entre sujeito e objeto , entre as condições internas do sujeito e as condições do meio físico e social. A Epistemologia Genética é considerada uma teoria interacionista, ou seja, é uma teoria que não prioriza nem as condições internas, nem as externas, na construção do conhecimento.
 Quando começou a se interessar pela explicação da origem do conhecimento, Piaget percebeu que teria que acompanhar o desenvolvimento da inteligência na criança, desde o seu nascimento
O método clínico piagetiano, que tem como objetivo verificar as estruturas do pensamento do sujeito.
A Epistemologia Genética de Jean Piaget diz que o conhecimento não se origina por pressão do meio, o que caracteriza o empirismo, nem por estruturas pré- determinadas, o que caracteriza o apriorismo. Para Piaget, a gênese das estruturas cognitivas é explicada pela construção – daí construtivismo – mediante interação radical entre sujeito e objeto. 
 A construção das estruturas cognitivas resulta de um processo permanente de síntese e não de uma justaposição ou soma da pressão do meio e da maturação de estruturas pré-determinadas. Convém lembrar o que diz Becker (2001, p.72): “Construtivismo não é uma prática, ou um método; não é uma técnica de ensino nem uma forma de aprendizagem; não é um projeto escolar; é, sim, uma teoria que permite (re)interpretar todas essas coisas”. 
Para Piaget (1976, p. 37), a construção de estruturas cognitivas só é possível por meio da ação, transformação e estabelecimento de relações, pois, “conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo, apreendendo os mecanismos dessa transformação, 6 vinculados com as ações transformadoras. Conhecer é, pois, assimilar o real às estruturas de transformações”.
 As novidades só podem ser assimiladas se houver estruturas de assimilação, que, por sua vez, já foram construídas. Logo, quanto mais se constroem estruturas de assimilação mais se abrem possibilidades para aprender. E quanto mais se aprende, mais possibilidades para construir estruturas de assimilação, o que garante condições para novas assimilações.
A aprendizagem só ocorre porque as estruturas já construídas até o momento o permitem.
 Ou seja, a partir do nascimento, inicia-se o desenvolvimento cognitivo e todas as construções do sujeito servem de base a outras. 
Retirei este resumo do texto "EPISTEMOLOGIA GENÉTICA" de  Tania Beatriz Iwaszko Marques, para nós professores é muito importante sabermos mais sobre a epistemologia genética, pois com este método levamos nosso aluno a pensar mais, e o conhecimento se da através da assimilação de um conhecimento sobre o outro, um conhecimento já existente nos leva a outro, fazer com que o aluno questione e pense sobre a aprendizagem leva-o a outro conhecimento. 

Como o professor pode ajudar o aluno a construir o conhecimento?

Um questionamento muito importante, que todo professor faz durante seus planejamentos é como ajudar seus alunos a aprenderem? No texto  "EPISTEMOLOGIA GENÉTICA" de Tania Beatriz Iwaszko Marques explica esse questionamento, mas de que maneira o professor pode ajudar o aluno a construir conhecimento? Auxiliando o processo de ação, fazendo interrogações, oferecendo oportunidades para pensar, auxiliando a estabelecer relações entre as coisas novas que se oferecem e os conhecimentos que já possui. Principalmente, transformando em pergunta algo que tendemos a expor. O esforço de responder é um momento ativo, que leva a construções. Para Becker e Marques (2001, p.61): 
[...] não adianta continuar insistindo em perguntar o que a criança ou o adolescente já sabe, porque isso não desafia, antes aborrece, além de dar a sensação de que não se está sendo desafiado porque se é incapaz. Tampouco adianta perguntar o que está muito além de sua capacidade. Se isso acontece com freqüência, ao invés de ser sentido como desafio, pode produzir uma frustração exagerada, a qual acarreta um sentimento de incapacidade.
 Podemos dizer que o grande desafio do educador, amparado pelas contribuições teóricas da Epistemologia Genética, é formular perguntas capazes de gerar as perturbações necessárias para provocar o interesse do aluno. Essas perguntas, quando fiz a entrevista clínica, percebi como induzimos as crianças na resposta, temos que fazer esse questionamento de maneira que provoque a curiosidade e que não induza a resposta, a tarefa não é fácil, mas com estudos chegamos lá.

Trabalhos em grupo

Fazendo a leitura do texto "EPISTEMOLOGIA GENÉTICA" da professora Tania Beatriz Iwaszko Marques retirei um trecho que me levou a pensar nas atividades realizadas com meus alunos: 
Piaget enfatizava a importância da utilização dos métodos ativos, entre os quais salienta os trabalhos em grupos, para os quais é necessário coordenar diferentes pontos de vista, exigindo que o sujeito coloque-se no lugar dos outros. Eis as vantagens da atividade em grupo para o desenvolvimento intelectual: conhecer os outros ajuda a nos conhecermos; ao realizarmos tarefas conjuntas tendemos à objetividade; o trabalho conjunto fornece regras para o pensamento.
Neste trecho Piaget fala da importância dos trabalhos em grupo, sempre gostei de trabalhar em grupo com meus alunos, principalmente na turma de primeiro ano, o trabalho em grupo beneficia em todos os sentidos, na socialização, na aprendizagem, na organização. A turma que trabalha em grupo fica mais entrosada, mais cooperativa, o aluno que sabe mais sobre a atividade em questão ajuda os que não sabem e nessa troca todos aprendem. 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Dar uma "forcinha" ou lutar por igualdade?

Lembrando de uma das aulas com a professora Larisa sobre educação de pessoas com necessidades educacionais especiais lembrei dos vídeos que retratam a realidade dessas pessoas e o quanto achamos elas uns "coitados", muitas vezes as mesmas nem precisam de ajuda e mesmo assim o fizemos o que em alguns casos pode até atrapalhar. Na verdade não temos que tentar ajudar carregando um cadeirante e sim lutar para que tenham rampas de acesso, ruas bem calçadas para que possam se locomover sozinhos, pois ajudar não é dar uma "forcinha" e sim dar oportunidades para que consigam viver independentes. 
Percebo também que está "forcinha" é uma forma de preconceito, pois acreditamos que as pessoas com deficiência são incapazes de fazer, aprender e viver como os ditos "normais".
Lendo o texto "Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e sua superação" de Lígia Assumpção Amaral retirei este trecho que define preconceito:
Preconceito: conceito que formamos aprioristicamente, anterior  à nossa experiência. Dois são os comportamentos básicos: uma atitude (predisposições psíquicas favoráveis ou desfavoráveis em relação a algo ou alguém – neste caso, desfavorável) e o desconhecimento concreto e vivencial desse algo ou alguém.Os preconceitos são como filtros de nossa percepção, colorindo o olhar, modulando o ouvir, modelando o tocar... – fazendo com que não percebamos a totalidade do que se encontra à nossa frente. Configuram uma predisposição perceptual.
Estes filtros que atrapalham o nosso ver, que atrapalham o nosso olhar perante aqueles com necessidades diferentes das nossas que faz está sociedade ser puro preconceito.
Vídeo que mostra como uma "forcinha" pode prejudicar um deficiente: