Incluir sem preparar o professor e a escola para receber um aluno com alguma deficiência, transtorno ou outra dificuldade de aprendizagem é algo muito complexo, muitas vezes vivenciei e presenciei na escola em que atuo situações assim, o aluno era matriculado sem informações suficientes a respeito do caso do aluno com laudo, e o professor se percebe meio confuso e sem saber o que fazer, ou o que trabalhar com aquele aluno especifico.
A inclusão ainda acontece de forma mais eficiente na teoria do que na prática, refletindo um pouco sobre os alunos autistas, cada um é de um jeito, cada um tem seus interesses, seu jeito, alguns não demonstram quase interesse nenhum, o que trabalhar com esses alunos, o que fazer para despertar sua atenção e seu interesse, muitas vezes o professor auxiliar demora a chegar para acompanhar esse aluno e a professora titular da turma se vê com a turma e o aluno que necessita de uma atenção especial sozinha nesse impasse, o que fazer? Atender a turma ou ao aluno?
Este impasse de não saber a quem ajudar primeiro aconteceu em minha turma neste ano, muitas vezes me sentia culpada por estar deixando alguém de lado para atender aos outros e até chegar a professora de educação especial e a auxiliar eu realmente não sabia como lidar, pois não conseguia chamar a atenção do aluno e nem fazer com que ele socializasse com a turma, mas com o passar do tempo entendi que a culpa não é de nem de um e nem de outro, pois certamente as coisas vão se acertando aos poucos, com o tempo as necessidades vão sendo apontadas e supridas, as professores vão estudando e se informando a respeito da deficiência de seu aluno procurando o atender da melhor possível, e a inclusão vai acontecendo de alguma forma, o aluno vai se integrando, se adaptando e dando sinais de evolução em sua estada na escola.
Com as leituras e estudos realizados até agora neste semestre acredito que estamos indo no caminho certo da inclusão.